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SentiMar

Avaliação de saúde de espécies marinhas sentinelas em zona prioritária para a conservação da biodiversidade

As regiões costeiras e estuarinas estão sob pressão crescente das atividades humanas, as quais afetam o ecossistema regional e a dinâmica ecológica que suporta rica biodiversidade. O aporte constante de poluentes antrópicos oriundos de indústrias, zonas urbanas, portuárias e agrícolas contribuem com elementos-traço, os quais afetam a estrutura química do habitat e podem alterar a saúde da fauna local.

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A região costeira do Paraná, um hotspot de biodiversidade, é utilizada para atividades vitais, como reprodução, alimentação e desenvolvimento, por espécies ameaçadas como os exemplares da megafauna. Tartarugas marinhas e algumas espécies de golfinhos residentes na região, como o boto-­cinza e a toninha, dependem dos recursos espaciais e alimentares da área ao longo de todo o ano. A estreita relação com o habitat e as características biológicas das espécies os caracterizam como sensíveis às pressões exercidas pelos impactos antrópicos, como a inserção de poluentes e como sentinelas quanto a saúde ambiental local. 

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As espécies sentinelas indicam o acúmulo e a transferência dos elementos-traço no ambiente marinho e a exposição a estes está associada a alterações fisiológicas que podem afetar os sistemas reprodutivo, nervoso, imunitário e o comportamento dos animais.

Globalmente é crescente os esforços para avaliação e monitoramentos dos resíduos químicos e dos níveis de exposição destes na fauna, principalmente ameaçada de extinção, para contextualização dos efeitos e impactos, estabelecimento de níveis degradativos e direcionamento de normativas e protocolos de mitigação dos impactos.

Neste cenário, e considerando o intenso desenvolvimento do litoral do Paraná e impactos crônicos ao ecossistema, este projeto visa a quantificação de elementos-­traço 
nos tecidos de espécies marinhas ameaçadas que ocorrem no Paraná, avaliando os níveis de contaminação na fauna ao longo do tempo, estabelecendo valores referenciais atuais, contribuindo com metas dos Planos de Ação Nacional para a conservação das espécies e, principalmente atuando como uma janela de oportunidade para a discussão integrada regional e adequação de medidas de controle quanto à saúde ambiental costeira-marinha de uma das zonas internacionais prioritárias para a conservação da biodiversidade.

A associação dos perfis de contaminação com a análise de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio suportam a discussão quanto ao tempo de permanência e uso da áarea pelos animais da região, refinando e regionalizando os resultados, assim como reforçando as bases técnicas para propostas de gestão.

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Colaboradores

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